23 de outubro de 2010

Corpo presente... A mente ausente!


Corpo presente... A mente ausente! Sinto-me aqui em matéria, mas meu espírito parece pairar pelo ar. Divagando na cena daquela criança pedalando um triciclo, vejo hoje como talvez meu avô me vira gracejando no quintal voltas e voltas sem ter fim. Última lembrança consciente que tenho daquele gentil e sereno senhor em vida.
Consciente e inconsciente. Segredos que guardo, poucos deles com ciência. Se eu pudesse ajuizar minha mente que fantasias surreais nela encontraria? Pensamentos e sentimentos que realmente não devesse recordar para novamente não me magoar. Mas imagino ainda que haveriam entre tantas informações aqueles devaneios perto do anoitecer no final de semana que deitava no chão para achar desenhos em nuvens e ver a primeira estrela aparecer. Daria novamente todas as risadas que eu e minhas amigas dávamos quando as conversas, brigas, brincadeiras e hematomas nos divertiam.
Penso agora se no futuro continuarei sonhando acordada, sem saber exatamente por onde vagam meus pensamentos. Se ao lado de uma pessoa amada conversarei sobre a mocidade, as arruaças nem sempre sadias para driblar as chatices da vida adulta e as belas tardes de ócio naquele quarto onde o vento soprava a cortina laranja em contraste com o eterno azul do céu...

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