Somos muitos... e muito grande é a nossa solidão.
São Paulo. Espero o terceiro metrô. Entro empurrada. Não tenho onde segurar, mas nem precisa: pois também não tenho onde cair! E nem tenho para onde olhar, a não ser a irônica palavra escrita na capa de um livro num canto espremido: Destino! Não consigo respirar, não consigo me concentrar: por que tanta indiferença? Vejo tanta gente, mas ninguém me vê. Ouço um “psiu”, futilmente apenas minha silhueta alguém viu. Sou só mais um corpo perdido entre tantos outros com um olhar triste e um sorriso omisso.
Dezoito horas, oito horas, já não importa mais que horas são. Não temos tempo a perder em nossas mecânicas vidas, nossos mecânicos atos, nossas mecânicas e superficiais relações girando como engrenagens parafusadas em interesses egoístas.
Quem arrisca? Tantos escreveram sobre isso e o que mudou? Nada! Eles se mataram ou para um lugar ermo se mudaram...
M.Chris.S - 03.03.2010
Pois é..realidade ruim.Eis o que os tempos modernos trouxeram: stress, ansiedade, solidão...Parece não ter mesmo pra onde fugir.Será que estamos todos destinados a sentir tais sentimentos?Ah..que triste é perceber que ninguém te olha..só te repara, com olhos materialistas, invejosos, deboxados e egoístas. Até quando seremos invisíveis uns aos outros?
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