23 de setembro de 2011


Eu, navio abstrato num oceano infinito.
Nada de portos, nada de terra.
É tudo oceano e só há ele.
Um constante inconstante,
Um navegar eterno pra nenhum lugar.
Eu, navio sem comandante,
A mercê dos ventos e da ressaca,
Dominado pelas águas e diluído nelas.
Procuro, navego, adiante!
Nada.
Nada me guia.
Nada encontro.

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