5 de outubro de 2011

Ah, como é triste e frio o ambiente de um hospital.
Se ao menos essa exaustão me deixasse...
Estou exausta de tudo!
Meu corpo clama por cama – dormir!
Minha alma clama por paz – esquecimento!
Meu coração pede conforto – que minha avó volte viva desse recinto de morte.

Ah, que sensação mais estranha de ter a vida em um frasco frágil.
Que vontade de chorar por todos os que se foram;
Por todos os que sentem dor,
Por todos que estão sós,
Por cada pedaço de vida que se vai, seja ele qual for.

E Sobre os solitários, é bem verdade que estamos sempre sós.
Contudo, se sozinhos nascemos e sozinhos morremos,
Se a vida é assim mesmo,
Tão rara...
Única...
Breve.
Por que não desfrutar essa solidão nata ao lado de quem amamos?
Só o amor penetra a solidão.
Habita dentro da gente.
Aquece nosso coração.

Ah vovó querida...
Volte logo, estou te esperando.
Tens ainda que me fazer muitos bolinhos-de-chuva
E receber um bocado mais dos meus carinhos.

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